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PCP – O que cobrar? E quem cobrar?

Sim, se você atua em qualquer função inclusa ao setor de Planejamento e Controle de Produção de uma organização, você será conhecido como “o PCP”, independente se sua atividade seja de coordenação, análise ou assistência, e até mesmo trainee.

Mas afinal, existe alguma diferença entre tais nomenclaturas? E qual a responsabilidade específica de cada uma delas para a organização?

A resposta da primeira pergunta é simples.

Sim, existe diferença. Sendo que esta visão generalista é uma das grandes falhas que as organizações cometem quando o assunto é Planejamento e Controle da Produção.  

Já a segunda pergunta, a resposta está diretamente ligada ao sucesso da estrutura funcional da organização, o que pode trazer redução de custos e aumento da produtividade.

Então, vamos virar o jogo?

A falta de conhecimento técnico sobre o assunto, junto à cultura organizacional faz com que o profissional em questão seja cobrado por sua posição setorial e não por sua incumbência técnica dentro do processo de controle e planejamento da produção.

Mesmo em realidades onde a estrutura organizacional não permita a expansão setorial do PCP, e conte com apenas dois ou mesmo um colaborador, a definição de forma coesa de cada função técnica é o primeiro passo para que a organização obtenha um setor com sucesso e consequentemente um bom processo produtivo.

Segundo a ABEPRO “Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia”.

Na prática devemos dividir em três níveis básicos a estrutura do PCP:

  • Coordenação,
  • Análise;
  • Operacional.

Qualquer estrutura organizacional pode e deve ter tal subdivisão.

E qual é a incumbência da Coordenação?

Responsável pelo plano mestre de produção, a coordenação deve ter uma visão macro da organização, potencializando os resultados com aumento da produtividade e a redução de custo a médio e longo prazo, analisando processos, pessoas e produtos.

A organização deve cobrar deste profissional planos de produção anuais, semestrais, e ciclos de médio a longo prazo.

Perguntas como: Quais insumos serão usados? Quais fornecedores irão nos atender? Qual será nosso lead time de produção? Quando iniciar e finalizar o lote de produção? Quantos turnos serão necessários? Qual será o tempo de Setup?

Enfim, a Coordenação de PCP desempenha uma função estratégica na organização visando a integração entre todos os envolvidos da cadeia produtiva.

Já a função analítica tem por responsabilidade a parte de programação da produção, a execução do planejamento diário.

Deve ser cobrado por parte da organização os seguintes pontos:

  • Análise da precisão de venda;
  • Planejamento do plano de produção;
  • Execução do MRP (necessidade de compra);
  • Análise da carga da capacidade produtiva;
  • Suporte ao comercial referente ao prazo de entrega; e
  • Gerenciamento dos indicadores de produção.

Deste modo, o nível analítico é o qual tem por responsabilidade colocar em prática o plano mestre de produção, de acordo com as diretrizes predefinidas pela coordenação.

Outro nível importantíssimo para o andamento do ciclo produtivo, é o de assistente ou Operador de PCP.

Este profissional funciona como o olhar do setor sobre a extensão da planta produtiva da organização. Pode ser cobrado desta função:

  • A movimentação dos lotes de produção junto ao ERP;
  • Vistoria diária para supervisão dos métodos operacionais (tempos e movimentos);
  • Gestão de entrada e baixa de estoques (insumos);
  • Contato e gestão de terceiros; bem como o auxílio ao analista na parte operacional do dia-a-dia.

Este nível tem por objetivo acompanhar os processos pré definidos pela coordenação, iniciados pelo analista, e agora monitorados pelo operador (assistente).

Ao fim desse processo de identificação das funções e responsabilidades, o segundo passo que deve ser executado pela organização é possibilitar que as atividades inerentes de cada função sejam executadas de formas sincronizadas.

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A Figura 1, detalha de forma cronológica as atividades inerentes de cada nível, sendo este o ciclo de atuação que o setor de PCP deve realizar. Ou seja, mesmo a estrutura organizacional que contenha apenas um colaborador responsável. Este deve seguir o fluxo de processo.

Deste modo, para que o sistema produtivo da organização funcione de uma forma eficaz, primeiro deverá ser feito um planejamento do que produzir, como produzir, e o que será necessário para produzir.

Essa atividade deve ocorrer antes e não durante o processo de execução, alguns autores como CHIAVENATO (2013) destacam que esse planejamento deve estar de dois a três ciclos à frente do atual. Desta forma, durante o processo somente é possível a programação, e o acompanhamento.

Sendo assim, a denominação de cada função não é meramente profissional, mas sim cronológica, para que cada processo dentro da cadeia produtiva seja analisado de forma específica.

O segredo para o bom andamento do sistema produtivo de uma organização passa por um bom setor de PCP, estruturado e com profissionais competentes, auxiliados por um ERP que possibilite o fluxo de processo, interação entre a planta produtiva, prestadores de serviço e fornecedores, gestão de estoque, e alinhamento de capacidade de máquinas e pessoas.

Quando tal equilíbrio é encontrado, o PCP passa a ser o coração da organização.

Fazendo com que o planejamento estratégico seja alcançado de forma mais sadia e rápida, reduzindo custo, potencializando resultados e tornando o negócio forte e competitivo.

Assim, quando o assunto for PCP saiba o que cobrar, quem cobrar e quando cobrar. Pense nisso.

Autor: Jean Lezme – Especialista em Lean Manufacturing

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