Em meu artigo anterior mostrei o desafio de transformar dados em informação, porém como efetivamente utilizar estes resultados da análise na tomada de decisão com a mentalidade data driven?
Não é só necessário conhecimento técnico, mas também uma cultura empresarial que preze pela importância da análise, e também o amadurecimento desta mentalidade dentro da gestão da empresa. Para entendermos um pouco mais, seguiremos uma situação problema por diferentes mentalidades de gestores em relação ao uso dos dados.
Situação problema: Uma indústria está enfrentando uma queda em suas vendas, vários fatores são hipotetizados como potenciais causadores: crise econômica, forte concorrência, inovação no segmento, entre outros. Vejamos como alguns tipos de gestores lidariam com esta situação.
Data Denial: Aquele que desacredita e evita utilizar os dados.
O gestor “negacionista”: não dá credibilidade para análise de dados, para ele são meros enfeites, literalmente joga relatórios no lixo, de forma a ser contra o seu uso. Toma suas decisões somente com base em intuição. Este tipo de gestão é arcaico, vide que antigamente era uma prática comum, seja pela falta dos dados ou a capacidade de análise dos mesmos.
Na situação problema tomaria sua decisão dependendo de como estivesse se sentindo sobre ela, ou seja, de forma totalmente parcial.
Data Indifferent: Aquele que não se importa com os dados.
O gestor “indiferente”: semelhante ao caso anterior, para ele o uso dos dados não é prioridade, apesar de não possuir uma postura tão extrema, também não vê necessidade de usá-los. Ele não discorda dos dados simplesmente por discordar, porém simplesmente os ignora.
Na situação problema tomaria sua decisão só baseado em sua experiência e conhecimento da área.
Data Informed: Aquele que só utiliza os dados quando estes suportam suas opiniões.
O gestor “informado”: este utiliza os dados, porém de forma parcial, seu uso consiste na confirmação de sua opinião, ignorando assim o que de fato está acontecendo.
Na situação problema tomaria sua decisão somente baseada em análises específicas que concordem com sua opinião previamente definida, sendo uma escolha perigosa, visto que se utiliza de resultados tendenciosos.
Data Driven: Aquele que utiliza dados para moldar e informar suas decisões.
O gestor “analítico”: este gestor é uma mistura dos pontos positivos dos anteriores, ele utiliza os dados como o gestor “informado”, porém de forma imparcial, permitindo que entenda o que está acontecendo com a empresa. Após análise destes resultados, ele mescla seu conhecimento analítico, técnico e sua intuição para estabelecer possíveis ações que permitam uma melhor tomada de decisão. Por fim, ele utiliza novamente de análises para informar sua decisão.
Na situação problema não tomaria a decisão de forma precipitada, mas sim utilizaria a análise para um melhor entendimento da situação, de forma que se ao analisar o cenário da empresa possa identificar os possíveis fatores de impacto no decréscimo das vendas. Ainda, faria hipóteses quanto as possíveis ações e tomaria sua decisão com base em análises que permitam simular o comportamento destas ações e escolher a que melhor se enquadre a realidade da empresa.
Vimos aqui 4 cenários simplificados do complexo processo que é a tomada de uma decisão, ainda sim percebemos que a cultura data driven é, de longe, a mais vantajosa, entretanto ela requer não só conhecimento técnico, como também a criação e desenvolvimento de uma mentalidade analítica dentro da empresa. Não à toa é utilizada hoje nas maiores empresas do mundo, como: Apple, Facebook, Google e outras.
Interessou-se pela gestão data driven e gostaria de implantá-la na sua empresa? Se sim, entre em contato com a H0 Consultoria e veja como esta prática pode ajudar em sua empresa.